Este poema foi feito para uma mãe em especial, mas dedico hoje a todas que sofreram a perda de um filho.
Teus seios quentes,
Cheios…
Jorrando a vida.
Tuas mãos que buscam,
Na penumbra do quarto
O amor que já partiu…
A dor do vazio que
Rasga seu peito…
Fere sua alma…
Nubla o seu olhar com lágrimas perdidas…
É seu ventre que grita
E chama o ser que gerou…
É a vida que numa seqüência de atropelos,
Rouba-lhe o mais sublime ardor…
Quantas flores plantastes em teu jardim…
E o Jardineiro precocemente as colheu
Para enfeitar o céu.
Porém em cada amor ofertado
Subistes mais um degrau rumo ao paraíso…
E estás mais perto do Criador
Pois seu coração pulsa forte em cada anjo que doastes
Sofrendo as dores dos seres
Que não amamentastes…
Seus filhos, suas luzes,
Brilham na imensidão do universo
E te guardam com suas asas protetoras
Pois as vidas que gerastes jamais desaparecerão
E voltam a você com gotas de amor
Mostrando que a vida continua
Em outra dimensão.
E toda dor da perda
Será compensada.
Pois Deus te prova com o fogo
E sua vida brilhará como diamante lapidado
Cada vez mais forte,
Cada vez mais belo,
Cada vez mais pleno em amor…
Você, mais que guerreira,
É uma vencedora
E toda medalha só é conquistada com muito sofrimento…
E os teus troféus brilham como ouro
Nas mãos de Deus,
Nas mãos do Dono da Vida…
E intercedem por você a todo instante
Pois eles querem que a mãe, que tanto amam, tenha a mesma paz
Na qual estão envoltos.
Custódia Wolney.