CONCURSO CULTURAL BRASÍLIA CAPITAL DE TODOS BRASILEIROS

O romance histórico a ser trabalhado neste concurso cultural  é O preço de um sonho.

O livro O preço de um sonho foi utilizado como ferramenta paradidática, no curso “Distrito Federal: Seu Povo, sua História” oferecido pela Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação – EAPE – em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, durante os anos de 2010, 2012, 2013 e 1014.

O romance faz parte integrante do  projeto LiteraTur e tem por objetivo ambientar os alunos no contexto da construção de Brasília.  O turismo cultural que acompanha a leitura do livro são os monumentos que abrigam as grandes decisões políticas do Brasil: Congresso Nacional, Superior Tribunal Federal, Palácio do Planalto,  Palácio do Itamaraty Palácio da Alvorada e Catedral Metropolitana de Brasília. A programação do turismo cultural é feita em parceria com a escola onde o projeto LiteraTur será desenvolvido, podendo inclusive incluir visitação a outros espaços da capital federal.

O preço de um sonho aborda os bastidores da construção de Brasília com histórias desconhecidas do grande público. A capital, até então situada no Rio de Janeiro, é, por assim dizer, tragada para a aridez do cerrado. Fatos guardados e perdidos no esquecimento ressurgem na história! Sonhos e ilusões, vidas que se entrelaçaram traçando destinos e construindo histórias entre os tijolos e concretos que ergueram os monumentos da nova capital do Brasil.  O sertão, à época obsoleto e inexplorado, tornou-se o ícone das decisões políticas do país, alavancando uma busca desenfreada de pessoas oriundas de todas as regiões do Brasil. Neste romance há um olhar voltado para os candangos. Homens e mulheres que, em busca de seus próprios sonhos e esperança de um futuro melhor, construíram a nova capital ao mesmo tempo em que delineavam suas vidas junto ao traçado de Brasília.

Brasília Capital de todos brasileiros

Brasília, apesar de ser uma cidade planejada, fruto de um feito político e social gigantesco e reconhecida mundialmente, ainda é praticamente desconhecida pela esmagadora maioria dos estudantes brasileiros.
Esta perspectiva abre um nicho de inúmeras possibilidades, principalmente considerando que Brasília faz parte do imaginário coletivo das pessoas que não a conhecem. Pessoas que acompanham de longe sua trajetória social e política, que impacta diretamente a vida de todos os brasileiros.
Detentora de um urbanismo inovador e arquitetura arrojada, Brasília foi o primeiro bem cultural contemporâneo a ser incluído como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e hoje figura juntamente com ícones seculares da cultura mundial, como as Pirâmides do Egito, Grande Muralha da China, Crópole de Atenas (Grécia), Centro Histórico de Roma (Itália), Palácio e Parque de Versalhes (França) além de tantos outros.

Para valorizar Brasília, é preciso conhecê-la — A Capital Federal não é apenas dos brasilienses, mas de todos os brasileiros. Com a promoção de Brasília por meio da literatura e do turismo, o projeto LiteraTur estará participando na formação de multiplicadores do fomento da imagem e importância de Brasília, viabilizando uma efetiva e contínua educação patrimonial.

Os alunos da turma vencedora da gincana realizada, acompanhados por 5 professores da instituição de ensino, juntamente com responsáveis pelo Projeto LiteraTur, participarão de uma riquíssima programação cultural em Brasília, na qual conhecerão os principais monumentos e pontos turísticos da cidade.

Idealizada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer, é um amplo espaço cívico que integra o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, sedes dos Três Poderes da República: Legislativo, Executivo e Judiciário. Na praça está localizada a escultura Os Guerreiros, de Bruno Giorgi, também conhecida como  Os Dois  Candangos e considerada um símbolo de Brasília; A Justiça, escultura de Alfredo Ceschiatti, em frente ao STF; a cabeça de Juscelino Kubitscheck, escultura presente na fachada do Museu Histórico de Brasília; o Pombal, um pombal com formas modernistas projetado por Niemeyer; a Pira da Pátria, uma construção que abriga no topo uma tocha permanentemente acesa; o Marco Brasília, escultura de Oscar Niemeyer instalada em comemoração ao ato da UNESCO que declarou Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade; e o Mastro da Bandeira, que tem a maior bandeira permanentemente hasteada do mundo.

O Congresso Nacional é uma das realizações preferidas de Oscar Niemeyer. É o cartão-postal da cidade e abriga o Senado e a Câmara dos Deputados.

Da construção, destacam-se as duas cúpulas representando os  plenários: a cúpula maior (convexa), do plenário da Câmara dos Deputados, e a cúpula menor (côncava), que abriga o plenário do Senado Federal.

Há diversos anexos construídos para gabinetes parlamentares e instalações de escritórios para as atividades de apoio. O anexo I é formado por dois prédios verticais de 28 pavimentos, onde funciona a administração das duas Casas Legislativas.

O Supremo Tribunal Federal  é a mais alta instância do poder judiciário brasileiro.  Sua função institucional fundamental é de servir como guardião da Constituição Federal.  De suas decisões não cabe recurso a nenhum outro tribunal. Projetado por Oscar Niemeyer em 1958 e  na frente do edifício, a escultura “A Justiça” – de Alfredo Ceschiatti

Está situado na Praça dos Três Poderes em Brasília e foi um dos primeiros edifícios construídos na nova capital. A inauguração do Palácio do Planalto, em 21 de abril de 1960, foi o centro das comemorações da inauguração de Brasília e marca a história brasileira por simbolizar a transferência da Capital Federal para o centro do País, promovida no Governo do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.
O projeto do Palácio do Planalto, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, impressiona pela pureza de suas linhas com predomínio dos traços horizontais e efeito plástico requintado.
O prédio encanta pela beleza das colunas, assim definidas nas palavras do seu arquiteto: “Leves como penas pousando no chão”.
A fachada principal caracteriza-se pela rampa que dá acesso ao salão nobre, local onde se realizam grandes eventos e também em ocasiões especiais como a visita de dignatários estrangeiros. O Parlatório, situado à direita da entrada principal, é o local de onde o Presidente e convidados podem se dirigir ao povo concentrado na praça. Foi usado no dia da inauguração de Brasília e em outras raras ocasiões.

O Palácio Itamaraty foi concebido como edifício que serviria ao propósito de apresentar o Brasil aos visitantes estrangeiros e, portanto, foi construído apenas com materiais nacionais e seus salões abrigam obras apenas de artistas nascidos ou naturalizados brasileiros – como Athos Bulcão, Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Frans Krajcberg, Franz Weissmann, Maria Martins, Mary Vieira, Iberê Camargo, Ione Saldanha, Rubem Valentim, Sérgio de Camargo e Tomie Ohtake. O paisagismo é autoria de Roberto Burle Marx.

O Palácio da Alvorada, projetado por Oscar Niemeyer, é uma das mais importantes edificações do modernismo arquitetônico brasileiro e o primeiro prédio construído em alvenaria na nova capital. Está localizado numa península que divide o Lago Paranoá em Lago Sul e Lago Norte e abriga a residência oficial do Presidente da República.

Em 30 de junho de 1958, com sua inauguração, passou a ser a residência do então Presidente Juscelino Kubitschek .O Palácio tem configuração horizontal arrematada por uma capela que remete às antigas casas de fazenda do Brasil colonial.

O formato diferenciado das colunas externas lembram as redes estendidas em varandas, como as que contornavam os casarões coloniais.

O Palácio tem um espelho d’água, que reflete a imagem da edificação, criando um espaço virtual infinito, complementado com uma escultura em bronze, denominada As Iaras, obra do artista plástico e escultor brasileiro Alfredo Ceschiatti.

A  Catedral de Brasília, foi projetada por Oscar Niemeyer e construída entre 1959 e 1970, e faz parte do conjunto inicial de edifícios que compõem o Eixo Monumental da capital brasileira.

O edifício é definido pelos seus dezesseis pilares de concreto em forma de bumerangue, que partem de uma planta circular de setenta metros de diâmetro, rodeada por um espelho d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns aos outros. O cálculo estrutural desse e dos demais edifícios projetados por Oscar Niemeyer para o conjunto original de Brasília foi feito por Joaquim Cardozo. Seu acesso dá-se por um caminho criado por quatro esculturas, representando os evangelistas, que levam a uma rampa descendente, estreita e escura.

O Catetinho foi a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek. O projeto museográfico procurou retomar às referências de época. Imagens fotográficas, mobiliário original e outros objetos complementam as ambientações, proporcionando ao público um testemunho vivo da grande aventura que foi a construção de Brasília. O Catetinho recebe visitantes de todas as partes do Brasil e do mundo. É possível conhecer os cômodos do palácio, como a antiga suíte presidencial, a sala de despachos, o quarto dos membros do governo, o quarto de hóspedes e a sala de refeições no térreo.  Fotos de Juscelino Kubistchek, da equipe governamental, de pessoas próximas a ele, como também dos candangos que vieram trabalhar em Brasília na época da construção, ilustram o local.

A Ponte Juscelino Kubitschek, também conhecida como Ponte JK ou Terceira Ponte, está situada em Brasília, ligando o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião à parte central de Brasília, através do Eixo Monumental, atravessando o Lago Paranoá. Foi eleita em 2003 como a ponte mais bonita do mundo pela Sociedade de Engenharia do Estado da Pennsylvania, nos Estados Unidos.

Com 1200 metros de extensão,  é formada por três arcos metálicos que se intercalam por cima das pistas e calçadas. A posição intercalada dos arcos representa o movimento de uma pedra quicando sobre a água. O projeto arquitetônico, assim como o projeto de iluminação da ponte conferiram ao autor, o arquiteto Alexandre Chan, a Medalha Gustav Lindenthal na International Bridge Conference, em 2003 nos Estados Unidos.

O Lago Paranoá foi idealizado muito antes de sua fundação. Pensado em 1885, e realizado em 1960. O conhecimento da História do Lago Paranoá leva a conscientização do seu valor e a preservação para a sociedade brasiliense de seu patrimônio
“entre os dois chapadões, conhecidos na localidade pelos nomes de Gama e Paranoá, existe imensa planície em parte sujeita a ser coberta pelas águas da estação chuvosa; outrora era um lago devido à junção de diferentes cursos de água formando o rio Parnauá; o excedente desse lago, atravessando uma depressão do chapadão, acabou com o carrear dos saibros e mesmo das pedras grossas, por abrir nesse ponto uma brecha funda, de paredes quase verticais pela qual se precipitam hoje todas as águas dessas alturas. […] É fácil compreender que, fechando essa brecha com uma obra de arte (dique ou tapagem provida de chapeletas e cujo comprimento não excede de 500 a 600 metros, nem a elevação de 20 a 25 metros) forçosamente a água tornará ao seu lugar primitivo e formará um lago navegável em todos os sentidos, num comprimento de 20 a 25 quilômetros sobre uma largura de 16 a 18.
Além da utilidade da navegação, a abundância de peixe, que não é de somenos importância, o cunho de aformoseamento que essas belas águas correntes haviam de dar à nova capital, despertariam certamente a admiração de todas as nações”. (GLAZIOU, 1893). [grifo nosso].

CRULS, Luís – Relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil. Relatório Cruls. Edição Especial do Relatório da Missão Cruls (1892-1992).