OLÁ! Custódia Wolney, aqui.

Prazer em conhecer. Sou escritora, romancista. Escrevo muitas histórias em contextos sociais brasileiros, tão nossos! Porém, hoje quero contar a minha própria história, que me faz seguir em frente, orientada pelo coração. Comecei a escrever ainda muito nova. Naquele despertar da adolescência já sentia a necessidade de deixar fluir tantos sentimentos que povoavam meu ser e buscava traduzi-los em palavras. Toda adolescente tem seu primeiro amor e eu estava no olho deste furacão, sem saber o que fazer com aquela explosão de inquietude. Escrevia muitos poemas, imaturos, ingênuos, mas sinceros. Altos e baixos, sorrisos e lágrimas, fim sem começo. Certa vez, a escola na qual eu estudava, indicou a leitura do livro O quinze, de Rachel de Queiroz. Li o livro com sofreguidão, bebendo cada palavra esculpida naquelas páginas. Rachel de Queiroz me fez viajar no tempo, me fez viver a seca de 1915 intensamente, me fez sentir uma vontade incontida de conhecer o nordeste brasileiro. Fui tragada pela saga em busca da sobrevivência das famílias retirantes. Senti na pele o sofrimento dos personagens. Ao terminar de ler o livro, olhei para meus poemas, e tive certeza de que minha escrita jamais seria  a mesma. Naquele momento decidi que quando fosse escritora, queria tocar o coração dos leitores assim como Rachel de Queiroz tocou o meu, oferecendo-lhes temas sociais impactantes permeados com personagens fictícios. Parei de escrever rimas para meninos desatentos aos poemas e voltei meu olhar para os fatos históricos do nosso Brasil.

Livros

O tempo passou e eu não esqueci do pacto que fiz comigo mesma. Hoje tenho quatro livros publicados, todos eles com pano de fundo em contextos sociais brasileiros. Meu primeiro romance, O preço de um sonho,  foi sobre os bastidores da construção de Brasília em uma visão candanga e humanista. Ao escrevê-lo, eu me emocionei, e chorei e sorri com meus próprios personagens. Eles tinham a responsabilidade de traduzir para o leitor o dia-a-dia da construção de Brasília, que teve como heróis tantos anônimos, que deixaram suas vidas tatuadas no concreto dos grandes monumentos da nova capital. Meu segundo romance, Kalunga, foi escrito no contexto da comunidade quilombola Kalunga, localizada no norte do estado de Goiás. Escrever este romance, para mim foi um fascínio, desvendar as nuances de uma comunidade que viveu praticamente em estado de isolamento desde a época da escravidão até meados de 1980! Inacreditável e lindo em sua exuberância. Eu sempre quis escrever um romance de época, e meu terceiro livro, Sombras da Revolta, aborda a revolução da Balaiada. A luta dos excluídos pela igualdade de direitos humanos. Foi uma experiência maravilhosa! Entrei em um universo do século XIX! Roupagem, vocabulário, expressões! Tudo fiel à historicidade. Quantos desafios! Meu quarto romance, Sina Traçada, foi contemplado pelo Prêmio Oliveira Silveira da Fundação Cultural Palmares, que teve por objetivo valorizar romances sobre a história de luta e liberdade do negro no Brasil. Foi muito impactante para mim escrever sobre os escravizados Malês. Guerreiros africanos destemidos que não se curvaram à escravidão. Convertidos ao Islã, queriam impor na Bahia um governo mulçumano.

Minha tragetória

Com minha trajetória de escritora, e lembrando o pacto que fiz comigo mesma de tocar o coração dos  leitores, como Rachel de Queiroz um dia tocou o meu, percebi que antes de tocar o coração das pessoas que leem meus romances, o primeiro coração a ser tocado é sempre o meu, pois ao escrever um romance histórico, deixo-me envolver totalmente pelo contexto que estou abordando. Sou fiel à historicidade brasileira. Vivo intensamente meus personagens. Vibro e sofro com eles. Muitas vezes, sinto-me como um pintor que se senta à frente de uma paisagem e transpõe para o papel tudo que sua sensibilidade o permite ver. É assim que faço com o resgate da História.

Porém, nem tudo são flores. O caminho editorial é tortuoso e cheio de entraves. O livro se dilui em um céu de estrelas e nem sempre alcança seus leitores potenciais. Torna-se apenas um número em uma infinidade de títulos disponibilizados pela editora e eu, que sempre valorizei o contato com o leitor, sentia-me inquieta com este distanciamento, porém nunca acomodei. Ao longo da minha trajetória literária tenho buscado estreitar laços com meus leitores.  O livro O quinze, de Rachel de Queiroz, me foi apresentado no ambiente escolar e hoje, é para este público que amo escrever.

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Equipe

Nossa equipe é formada por profissionais com vasta experiência na área educacional e turismo cultural.

Romances históricos como ferramenta de ensino

Fazer uso de romances históricos como ferramenta paradidática de ensino, permite que a historicidade seja trabalhada de forma lúdica e prazerosa. Tive a oportunidade de perceber isto muito claramente durante minhas intervenções em instituições educacionais, onde o envolvimento dos alunos com as temáticas abordadas me impulsionou a vislumbrar o projeto que hoje apresento para as escolas. Venha fazer parte e juntos construirmos uma nova  abordagem literária em que a literatura e o turismo se fundem em uma nova dimensão cultural. Após a leitura os alunos poderão experenciar o contexto social trabalhado na história por meio de turismo cultural conforme o enredo do romance.

A escola, comprometida com a formação do aluno em sua plenitude, tem a preocupação de formar o aluno leitor capaz de construir seu conhecimento, opinando e se posicionando diante do que foi lido. O caminho da escrita e da leitura é indispensável para a formação do cidadão crítico, inserido em seu meio e capaz de modifica-lo.

O Projeto LiteraTur vem agregar valor, tornando-se um agente catalizador, capaz de contribuir efetivamente para a inclusão social e o desenvolvimento humano, despertando no aluno o gosto pela leitura de maneira prazerosa, crítica, inventiva e reflexiva.

CONHECER O PROJETO