CONCURSO CULTURAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O livro paradidático a ser trabalhado no concurso cultural da Consciência negra  é o romance Kalunga.

A obra foi aprovada em sua primeira edição, pelo Conselho de Cultura do DF, e tem por objetivo ambientar os leitores no reduto quilombola Kalunga, situado no norte do estado de Goiás.  O livro foi utilizado como ferramenta paradidática para professores da rede pública de ensino do estado de Goiás, em oficina promovida pela Universidade Federal do Estado de Goiás – UFG,  visando prepará-los como mediadores da promoção e valorização da cultura afro brasileira no ambiente escolar, fortalecendo laços de cidadania entre estudantes da cidade e do campo.

Uma mulher, uma história, uma vida. O retrato da origem de um povo e o valor de sua cultura. A luta da comunidade Kalunga, remanescente de quilombos, sendo contada ao espelho da experiência vivida por uma personagem que resgata a cultura, as tradições, as lendas e a religiosidade, onde o sagrado e o profano convivem harmoniosamente. Uma comunidade que luta pela preservação de sua história e de suas terras nas entranhas deste nosso imenso Brasil. E é claro o que não poderia faltar: uma eterna luta pelo amor e pela felicidade.

Os alunos da turma vencedora do concurso cultural da Consciência negra, acompanhados por 5 professores da instituição de ensino, juntamente com responsáveis pelo Projeto LiteraTur, participarão de uma riquíssima programação cultural no Sítio de Valor Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, localizado no norte do estado de Goiás. Trata-se do maior reduto quilombola brasileiro, onde os alunos terão a oportunidade de interagir com a comunidade, experenciando o que foi lido no livro Kalunga e aprofundando conhecimentos sobre a temática. Com esta ação cultural o projeto LiteraTur contribui para a formação do senso crítico do aluno proporcionando maior proximidade entre a cidade e o campo, participando da formação da cidadania consciente do jovem estudante.

A comunidade quilombola Kalunga representa não só para o estado de Goiás, mas para a sociedade brasileira em geral, um riquíssimo patrimônio histórico e cultural. Um refúgio onde os africanos e seus descendentes construíram sua história de liberdade longe dos grilhões da escravatura, mantendo sua identidade, costumes e tradições afro-brasileiras que ainda hoje são cultuadas nos vãos das serras, reduto dos remanescentes dos quilombos, protegidos pelas águas do rio Paranã.